Acaba de acontecer (+ ou – 8:00) mais uma colisão na esquina da minha casa (Apinajés com Bartira). É, no mínimo, a décima desde que vim morar aqui, há três anos. A última que eu tinha presenciado foi em uma madrugada, duas ou três semanas atrás. Ninguém se machucou na colisão, ainda bem, mas um dos motoristas ficou tão nervoso que partiu para cima do outro. A namorada gritava desesperada, o segurança do condomínio tentava apartar... Um tristíssimo espetáculo.
A Apinajés é uma rua bem movimentada, com trânsito nos dois sentidos. Um pouco antes de cruzar a Bartira, ela tem um pequeno aclive seguido de um declive. Ou seja: a visibilidade é muito ruim. Os carros aparecem de repente. E como o estacionamento é permitido de todos os lados, o jeito, para quem vem da Bartira, é meter o bico do automóvel até quase o meio da rua para tentar enxergar. É um sufoco. O motorista de um táxi que faz ponto na rua de cima diz que uma passageira dele se recusa a pegar táxi naquela esquina de tanta raiva que tem daquele cruzamento.
Os moradores do prédio em frente já fizeram abaixo-assinado. Eu já mandei email, ofício, indicação... Nada. Já mandei fotos das várias colisões. Depois de muita insistência, consegui uma resposta do Secretário Municipal de Transportes, a quem a CET responde: “Seu pedido foi aceito. A instalação de semáforo depende apenas da disponibilidade de recursos”.
É o fim da picada. Se fosse em outro lugar, o pessoal já teria queimado pneu no meio da rua. Aí viriam a Globo, a Record, o Datena, e logo sairia o tal do semáforo.
“Disponibilidade de recursos”. Até parece que é assim que funciona... Vereadores com influência sobre a CET conseguem qualquer coisa, em qualquer prazo. “Fechar aquela rua de hoje para amanhã, para um evento de última hora? Sim, claro. Isentar uma firma “amiga” da cobrança por um serviço? Pois não. Colocar floreiras para transformar uma rua comum em rua sem saída? É pra já”. Danem-se os técnicos, os engenheiros.
O pior é que a um quarteirão de distância foi instalado um semáforo absolutamente inútil. São duas ruas de mão única (Bartira e Apiacás), com bem menos movimento, valetas no cruzamento (que já diminuem a velocidade, obrigatoriamente) e uma subida medonha, que só pode ser vencida em primeira marcha e bem devagarinho. Ou seja, as condições do lugar impõem uma travessia lenta, cuidadosa. Mas lá tem o diabo do semáforo.
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Anos atrás, quando o Pitta ainda era o prefeito, eu pedi a instalação de um semáforo de pedestre na esquina da Cardoso de Almeida com a Dr. Arnaldo. Um lugar próximo à estação do metrô e dois pontos de ônibus – ou seja, com muita gente circulando. O acesso da Dr. Arnaldo à Cardoso – uma baita de uma descida naquele trecho – é livre o tempo todo. Quando o semáforo fecha na Dr. Arnaldo, os carros, ônibus, motos e caminhões podem virar à direita do mesmo jeito, sem parar – e, freqüentemente, em alta velocidade. E a visibilidade também é ruim.
Ou seja: os pedestres passam um desespero ali. Dependendo do sentido em que vão, tem de se contorcer para enxergar quem vem por trás. Um absurdo completo.
Pois bem: quando fiz o meu pedido, ele foi analisado e, semanas depois, aprovado pelos técnicos da companhia. “Anote o número do seu protocolo”. Terminou o governo Pitta, e nada. No governo da Marta não tive melhor sorte. Nem no do Serra. O Kassab tá quase indo embora e... nada. Isso porque, já vereadora, eu reforcei o pedido. E o pior: pelo site da prefeitura, obtive a informação de que a solicitação foi atendida!
Acho que da próxima vez que me perguntarem “qual a primeira coisa que você vai fazer como prefeita”, vou dizer: “Mandar instalar o bendito semáforo na esquina da Dr. Arnaldo!”.
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E a programação de tempo dos semáforos da cidade? Eu fico possessa quando passo um tempão parada no sinal vermelho esperando passar... ninguém. Eu e a torcida do Flamengo. O sinal abre, passam cinco ou seis carros, ele fecha de novo. Fica lá a turma esperando à toa outra vez. Gastando tempo e combustível.
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E as placas de itinerário? Santo deus... Além das que faltam, tem as que sobram. É, sobram. Na Cidade Jardim sentido centro, uma placa manda virar à direita antes da Faria Lima para ir em direção à Augusta. Certamente, ela está ali desde que as obras do túnel estavam em andamento, tornando o desvio obrigatório. Agora, para ir à Augusta, é só ir reto!
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Na Marginal Pinheiros sentido Castelo Branco, há uma série de placas novas, bem visíveis, informando a quem está na pista expressa: “Ponte Eng. Roberto Zuccolo – PRÓXIMA SAÍDA À DIREITA”. Quem perder aquela saída está ferrado, tem de ir até a ponte Eusébio Matoso e voltar. Só que a ponte é muito mais conhecida como “Cidade Jardim” – e só na última hora, já em cima do acesso à direita, tem uma placa velha, escurecida, pouco visível, com o nome mais conhecido.
Já a Marginal Tietê sentido Dutra tem uma placa nova avisando: “Próximas pontes: tal, tal e VILA MARIA”. Ótimo, assim você já se prepara com antecedência para acessá-las. Só que eu tinha procurado no mapa o melhor caminho para a Curuçá, e vi que era pela Ponte Jânio Quadros. Que, felizmente eu sei, era um personagem muito ligado à Vila Maria – portanto, foi essa ponte que ele batizou. E se eu não soubesse?
(continua abaixo)