quinta-feira, 31 de julho de 2008

Faltam 8 horas... 7:55... 7:50...

Lembrei daqueles conselhos básicos a vestibulandos: “Não deixe para estudar na última hora. Você não vai aprender nada no dia da prova e ainda vai se desgastar e inquietar à toa. No máximo, dê uma repassada no que já sabe, mas poupe energia para o vestibular propriamente dito”.

Eu não vou aprender nada hoje, mas tenho algumas dúvidas de última hora e vou dar uma pesquisada.

Não tenho medo de não saber a resposta de alguma pergunta – porque vou dizer, muito honestamente, “não sei”. Tem coisa mais inútil do que enrolar? Quem não é seu fã vai perceber na hora: “Não respondeu!”. Quem é fã vai concluir: “Saiu-se bem, foi convincente” ou “saiu-se mal”. A utilidade disso para a verdadeira discussão sobre a cidade é aproximadamente... zero.

Então não tenho medo de nada? Hmm... Nada que me tire o sono ou a fome. Mas a minha preocupação é não lembrar, na hora, de alguma coisa que eu achava super importante dizer. Ou deixá-la para o fim e não dar tempo de dizer.

Acontece o tempo todo, em entrevistas ou telefonemas entre amigos... “Como eu não lembrei DAQUELE filme que eu adoro?”; “liguei para perguntar do capacete e falei tudo menos isso”. No debate, mais do que na vida, precisamos ser precisos, muito ágeis, infalíveis. Isso é que é dose.

Mas é melhor ter debate do que não ter, sem dúvida. Podem me chamar que eu vou a todos; adoro.

No iG, dias atrás, eu experimentei uma sensação de volta no tempo, um flashback. Eu me vi ajoelhada na carteira do colégio, braço espetado para o alto, impaciente, aflita, querendo responder todas as perguntas que a professora fazia. “Quem pode me dizer onde fica...?”. “EU! EU! EU!”. Éramos cinco ou seis meninas assim – e as outras, que queriam se esconder debaixo da carteira, não entendiam por que a professora não chamava logo uma de nós e preferia torturá-las. Algumas sofriam por não saber a resposta e ter medo do erro, do fracasso – e o pior que escola às vezes leva a isso, em vez de ajudar a superar isso. Outras sabiam, mas eram tão tímidas que tinham vergonha da própria voz.

Engraçado lembrar disso agora... Saudade dos meus tempos de Colégio. E tenho a nítida sensação de que vou ter saudade destes tempos de campanha também, então estou curtindo cada momento. (Mesmo que, como no Colégio, nem todos sejam legais).